quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pra quem você ligaria às três da manhã se estivesse triste e com medo?

Outro dia assistindo a um filme do tipo água com açúcar, em uma cena comum na qual o pseudo-herói frágil e incompreendido liga para o amigo (de saco cheio) no meio da noite para revelar suas desoladoras verdades acerca da própria vida, tentei me colocar nas duas situações. Fiquei assustada quando não consegui responder a pergunta:
Pra quem você ligaria às três da manhã, se estivesse triste e com medo?
A resposta talvez não seja para quem, mas sim se você ligaria. Anran?!
Muito bem, esta questão ajuda a conhecer simplesmente os tipos de vínculos que estabelecemos com o mundo e principalmente em que grau de autosuficiência acreditamos estar.
Quando somos crianças, acordamos no meio da noite e assustados corremos para nossos pais, que nos acolhem em sua segurança. Sentimo-nos protegidos e o mundo volta para seu eixo.
Com o tempo vai ficando mais difícil e passamos a chamar de coragem, quando superamos nossas fragilidades e medos sem abrir qualquer fresta.
Mais tarde entra em ação a personagem criada com afinco em cada detalhe rumo a "maturidade". O ego.
O Ego, a quem chamo Dr. Stone, é tão soberbo e cruel que, provavelmente dirá:
- Não seja ridículo(a), onde já se viu pegar o telefone e ligar no meio da madrugada para demonstrar sua falta de preparo , seu destempero, sua infantilidade, sua humanidade enfim.. Parece maluco(a)! Eu hein!
Se fosse pra contar que ganhou na mega-sena sozinho, certamente ele diria:
- Hum...Eu preciso contar isto! Não vou me aguentar ! Quem vai saber primeiro? - Certamente acordaria sem piedade qualquer que fosse o primeiro amigo que viesse a cabeça.
Talvez o nome seja exibição.
O que pesa, ao fim e ao cabo, é justo o fato desta autosuficiência não existir. Alguém já disse alguma coisa parecida com "ninguém é uma ilha".
No filme eu me coloquei no lugar do amigo acordado no meio da noite e com muita vontade de dizer uns palavrões. Lamentei não conseguir estar na posição daquele que acredita no outro e rasga o peito.
O dr. Stonego, vaidoso e arrogante é uma ficção, um escudo falso que não protege contra nada que importe. É inútil.
"A vida não é nada mais que estender e projetar nossos pensamentos para o mundo e tudo o que vemos são nossos próprios filmes." ( Um Curso em Milagres)
A resposta talvez não seja para quem, mas sim se você ligaria. Anran?!
Muito bem, esta questão ajuda a conhecer simplesmente os tipos de vínculos que estabelecemos com o mundo e principalmente em que grau de autosuficiência acreditamos estar.
Quando somos crianças, acordamos no meio da noite e assustados corremos para nossos pais, que nos acolhem em sua segurança. Sentimo-nos protegidos e o mundo volta para seu eixo.
Com o tempo vai ficando mais difícil e passamos a chamar de coragem, quando superamos nossas fragilidades e medos sem abrir qualquer fresta.
Mais tarde entra em ação a personagem criada com afinco em cada detalhe rumo a "maturidade". O Ego.
O Ego, a quem chamo Dr. Stone, é tão soberbo e cruel que, provavelmente dirá:
- Não seja ridículo(a), onde já se viu pegar o telefone e ligar no meio da madrugada para demonstrar sua falta de preparo , seu destempero, sua infantilidade, sua humanidade enfim.. Parece maluco(a)! Eu hein!
Se fosse pra contar que ganhou na mega-sena sozinho, certamente ele diria:
- Hum...Eu preciso contar isto! Não vou me aguentar ! Quem vai saber primeiro? - Certamente acordaria sem piedade qualquer que fosse o primeiro amigo que viesse a cabeça.
Talvez o nome seja exibição.
O que pesa, ao fim e ao cabo, é justo o fato desta autosuficiência não existir. Alguém já disse alguma coisa parecida com "ninguém é uma ilha".
No filme eu me coloquei no lugar do amigo acordado no meio da noite e com muita vontade de dizer uns palavrões. Lamentei não conseguir estar mais na posição daquele que acredita no outro e rasga o peito. Mas eu chego lá.
Assustadoramente, a cada dia que passa eu percebo como somos frágeis uns sem os outros. Quanto mais máscaras e rótulos, mais difícil de nos identificarmos com algo que tenha algum significado.
Uau...
O dr. Stonego, vaidoso e arrogante é uma ficção, um escudo falso que não protege contra nada que importe. É inútil.
beijo assustado ...